Setembro Amarelo – Campanha de Prevenção ao Suicídio
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O suicídio é um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal. Também fazem parte do que chamamos de comportamento suicida os pensamentos, os planos e a tentativa de suicídio. É um comportamento com determinantes multifatoriais e resultado de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais. Dessa forma, o suicídio é considerado como o desfecho de uma série de fatores que se acumulam na história do indivíduo, e não um episódio de forma causal e simplista determinado apenas por acontecimentos pontuais da vida do sujeito. Sendo assim, é a consequência final de um processo.
DOENÇAS MENTAIS: Depressão; Transtorno bipolar; Transtornos mentais relacionados ao uso de álcool e outras substâncias; Transtornos de personalidade; Esquizofrenia; Ansiedade ou pânico; Aumento do risco com associação de doenças mentais: paciente bipolar que também seja dependente de álcool terá risco maior do que se ele não tiver essa dependência.
ASPECTOS SOCIAIS: Gênero masculino, idade entre 15 e 30 anos e acima de 65; moradores de áreas urbanas; desempregados ou aposentados; isolamento social; solteiros, separados, viúvos; indígenas, adolescentes e moradores de rua.
CONDIÇÕES DE SAÚDE LIMITANTES: Doenças orgânicas incapacitantes, tumores malignos.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS Perdas recentes; pouca resiliência; personalidade impulsiva, agressiva ou de humor instável; desesperança, desespero e desamparo; traumas emocionais: ter sofrido abuso físico ou sexual na infância, término de relacionamento amoroso, desemprego, problemas no trabalho, financeiro, bullying.
Suicidabilidade: Já ter tentado suicídio, ter familiares que tentaram ou se suicidaram, ter ideias e/ou planos de suicídio.
Conhecer os mitos sobre o comportamento suicida pode contribuir para evitar o estigma sobre o tema e conscientizar as pessoas sobre a gravidade desse comportamento, fazendo com que os indivíduos que tenham ideações ou já tiveram alguma tentativa se sintam menos envergonhadas, excluídas e discriminadas.
FATORES PROTETORES: autoestima elevada; bom suporte familiar; laços sociais; religiosidade; ausência de doença mental; estar empregado; capacidade de resolução de problemas; acesso a serviços e cuidado em saúde mental
O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio.
FALSO. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade e interfere em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio.
Quando uma pessoa pensa em se suicidar terá risco de suicídio para o resto da vida.
FALSO. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco.
As pessoas que ameaçam se matar não farão isso, querem apenas chamar a atenção.
FALSO. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. Boa parte dos suicidas expressou, em dias ou semanas anteriores, frequentemente aos profissionais de saúde, seu desejo de se matar.
Se uma pessoa que se sentia deprimida e pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, normalmente significa que o problema já passou.
FALSO. Se alguém que pensava em suicidar-se e, de repente, parece tranquilo, aliviado, não significa que o problema já passou. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode sentir-se “melhor” ou sentir-se aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar.
Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive à uma tentativa de suicídio, está fora de perigo.
FALSO. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, na sequência de uma tentativa. A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida muitas vezes continua em alto risco.
Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco.
FALSO. Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.
É proibido que a mídia aborde o tema suicídio.
FALSO. A mídia tem obrigação social de tratar desse importante assunto de saúde pública e abordar esse tema de forma adequada. Isto não aumenta o risco de uma pessoa se matar; ao contrário, é fundamental dar informações à população sobre o problema, onde buscar ajuda etc.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), aponta três características psicopatológicas comuns no estado mental dos suicidas. São elas:
• AMBIVALÊNCIA – quase sempre querem ao mesmo tempo alcançar a morte, mas também viver;
• IMPULSIVIDADE – o suicídio pode ser um ato impulsivo, desencadeado por eventos negativos do dia-a-dia;
• RIGIDEZ – pensar de forma rígida e drástica (tudo ou nada), suicídio visto como única solução.
Mudança brusca na vida com dificuldade de lidar com ela, isolamento familiar ou social, evitar participar de atividades que antes eram prazerosas, negar pedir ajuda, doenças mentais, uso de drogas como alternativa para fugir da realidade dolorosa.
Fique em alerta para comentários autodepreciativos, tais como: “Eu prefiro estar morto”; “Eu não posso fazer nada”; “Eu não aguento mais”; “Eu sou um perdedor e um peso para os outros”; “Os outros vão ser mais felizes sem mim”; “Quero sumir, “Eu sou um lixo”, dentre outras. RASTROS ONLINE: histórico de navegação mostrando busca pelo assunto.
Ser empático com as emoções da pessoa (ouvi-la e deixá-la falar do seu sentimento); levá-la a perceber que existem outras formas de resolver o problema que lhe traz sofrimento; perguntar sobre a possibilidade de planos e tentativas de suicidar-se alguma vez; intervir avisando aos familiares, psicólogos, médicos, psiquiatras.
Em todo Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) através de voluntários, atende as pessoas que procuram ajuda e apoio emocional gratuito, pelo número 188. É importante estar atento, pois dividir as dores emocionais com alguém, pode evitar o extremo ato do suicídio, mas isso não substitui os tratamentos convencionais (procure imediatamente um médico psiquiatra, bem como um psicólogo).
Associação Brasileira de Psiquiatria. Suicídio: informando para prevenir / Associação Brasileira de Psiquiatria, Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio. – Brasília: CFM/ABP, 2014
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