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“É nosso dever tornar este mundo melhor para as mulheres” (Christabel Pankhurst)
O Dia Internacional da Mulher iniciou-se com o movimento operário e a proposta de se tornar uma data de comemoração internacional foi de Clara Zetkin em 1910, mas só foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975. Até a oficialização da data, vários movimentos feministas ocorreram, principalmente na Europa, reivindicando os direitos das mulheres, especialmente relacionados às condições de trabalho das mulheres que trabalhavam nas indústrias. A data simboliza a luta das mulheres pela igualdade de direitos e inicialmente os protestos foram pela igualdade salarial. Atualmente várias outras questões estão na pauta de reivindicação na luta por esses direitos, como machismo e violência.
O dia 8 de março simboliza o reforço e preservação dos direitos das mulheres conquistados ao longo da história e dessa forma não deve ser só comemorada com homenagens especiais, mas também com reflexões a respeito do papel desigual da mulher dentro da sociedade e como elas são tratadas, afinal são elas as maiores vítimas de violência. De acordo com os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no primeiro semestre de 2023, 722 mulheres foram vítimas de feminicídio, um aumento de 2,6% comparado ao mesmo período do ano anterior. Desse modo, é necessária a reflexão sobre que tipo de homenagens fazer para as mulheres no dia 8 de março. É claro que homenageá-las com flores e presentes é válido e simbólico, mas as ações e reflexões sobre isso devem ser feitas nas mais diversas esferas da vida: social, familiar, profissional e de relacionamentos.
Sendo assim, ainda há vários motivos para se comemorar essa data e continuar a luta pela igualdade de gênero, já que, segundo pesquisa divulgada pela ONU, ainda existe preconceito de gênero, por exemplo, quando a maioria das pessoas acham que o desempenho de homens em alguns setores (cargos executivos, líderes políticos, só para citar alguns) ainda é melhor que o de mulheres. Outro motivo é a romantização da tripla jornada de trabalho da mulher: elas não fazem isso por serem supermulheres, e sim por necessidade e por não contarem com a colaboração de companheiros, devido à construção social de que o cuidado é dever da mulher. Outros motivos são a cultura do estupro, violência contra a mulher (feminicídio), pressão estética, entre outros. Em todos esses casos citados, a desigualdade torna-se ainda mais severa quando relacionada às mulheres negras. Elas ganham menos, são maioria entre as que sofrem violência sexual e doméstica, são mais maltratadas no atendimento público de saúde e também são as maiores vítimas de homicídio. Por isso, considerar os diversos recortes dentro desta ampla categoria de gênero é fundamental para não tentarmos unificar a terminologia “mulher”, que é diversa, múltipla e não cabe em estereótipos.
Muitos direitos foram conquistados durante todos esses anos de luta, mas muitas coisas ainda precisam evoluir, principalmente em relação à violência contra as mulheres que se manifesta das mais variadas formas no dia a dia. Não podemos deixar que isso se naturalize! O debate sobre esses temas é necessário para que as mulheres cada vez mais tenham voz, lugar e sejam respeitadas em todos os seus direitos na sociedade.
Fontes Consultadas:
FRANÇA, Bernardo; LOURENÇO, Beatriz. 6 imagens para entender a história do dia internacional da mulher. Revista Galileu, 2020. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2020/03/6-imagens-para-entender-historia-do-dia-internacional-da-mulher.html>. Acesso em 27 de fevereiro de 2024.
<https://publicacoes.forumseguranca.org.br/handle/123456789/231>. Acesso em 27 de fevereiro de 2024.
GOMES, Karol. Dia Internacional da Mulher: o movimento do ponto de vista de mulheres negras. Portal Geledés. 2020. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/dia-internacional-da-mulher-o-movimento-do-ponto-de-vista-de-mulheres-negras/>. Acesso em: 27 de fevereiro de 2024.
GERALDO, Nathália. Por que ir às ruas no dia da mulher? Vejam pautas que afetam as brasileiras. Uol Universa, 2020. Disponível em: <https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/03/07/motivos-para-ir-as-ruas-no-dia-da-mulher.htm>. Acesso em 27 de fevereiro de 2024.
O que é o dia internacional das mulheres e como começou a ser comemorado? Estado de Minas Diversidade. Disponível em: <https://www.em.com.br/app/noticia/diversidade/2023/03/08/noticia-diversidade,1466089/o-que-e-o-dia-internacional-das-mulheres-e-como-comecou-a-ser-comemorado.shtml>. Acesso em 27 de fevereiro de 2024.
MULHERES QUE INSPIRAM
Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, gostaríamos de prestar homenagem às mulheres da UNIFEI. Para isso, convidamos quatro delas, cada uma representando uma categoria de profissionais da instituição, para compartilhar conosco um pouco de suas trajetórias de vida. Queremos que todas vocês sintam-se homenageadas e que a luta das mulheres nunca perca sua força! Além disso, é fundamental destacar que a luta das mulheres por respeito e igualdade de direitos é um compromisso constante e essencial. Neste mês emblemático, renovamos nosso apoio e solidariedade a essa causa tão importante. Que juntas possamos trabalhar incansavelmente para garantir que essa luta jamais perca sua força e que cada conquista seja celebrada como um passo rumo a um futuro mais justo e igualitário para todas.
Aparecida Paula – Servidora técnica administrativa
Meu nome é Aparecida Paula Jácome dos Santos, tenho 39 anos, e estou na UNIFEI há 10 anos. Possuo deficiência visual decorrente de retinose pigmentar, na qual tenho apenas 5% da visão, desempenho minhas funções no Núcleo de Educação Inclusiva (NEI) no campus de Itabira. Minhas responsabilidades incluem o atendimento a alunos com deficiência, adaptações necessárias, diálogo constante com os professores e participação ativa em reuniões do NEI. Em busca de meus objetivos profissionais e pessoais, bem como de meus sonhos, luto incansavelmente pelo que acredito.
Maria Rita Raimundo – Servidora Docente
Eu sou a Maria Rita Raimundo e Almeida, fui aluna da Unifei no curso de graduação em Engenharia Ambiental e no mestrado do Posmarh. Atualmente, estou como docente do Instituto de Recursos Naturais. Minha linha de pesquisa e atuação profissional está relacionada aos instrumentos de política ambiental. Neste sentido, tenho buscado formar meus alunos para serem agentes de transformação socioambiental, capazes de aplicar seus conhecimentos de engenharia para respeito e melhoria da qualidade de vida das pessoas, sem comprometer os limites ecossistêmicos.
Luiza Helena – Empregada Pública
Meu nome é Luiza Helena de Souza Silva. Tenho 69 anos e integro a equipe da UNIFEI há 12 anos. Atuo no setor de diretoria do campus da universidade, localizado na cidade de Itabira. Minha rotina de trabalho abrange a verificação de e-mails, consultas ao diário oficial, gerenciamento de demandas, acompanhamento do boletim de frequência dos anistiados, além da elaboração e controle de ofícios e memorandos. Ao longo desses anos, minha jornada profissional tem sido marcada pelo aprendizado contínuo, colaboração em equipe e por oportunidades enriquecedoras que contribuem para meu desenvolvimento pessoal, profissional e pela realização dos meus sonhos.
Pâmela Félix – Discente
Meu nome é Pâmela Cândido Félix, tenho 26 anos e entrei na Unifei em 2020, no curso de Química Licenciatura, pois sempre quis ensinar e transformar o mundo por meio da Educação, tendo como inspiração minha mãe, que já realiza essas transformações através da sua profissão. Além disso, sou idealizadora e coordenadora do Movimento Não Mexe com a Minha Cor desde 2022, minha maior realização. Movimento no qual luta pelas questões raciais, acolhe o povo preto e busca pela equidade dentro e fora da Universidade.
Saúde Mental da Mulher: Reflexões & Cuidados
A saúde mental da mulher é uma área crucial que demanda atenção e cuidado constante. Em meio às múltiplas responsabilidades e desafios que muitas mulheres enfrentam diariamente, é fundamental compreender a importância de promover um ambiente propício para o bem-estar psicológico. Neste contexto, reflexões e cuidados tornam-se pilares essenciais para garantir uma vida equilibrada e saudável.
A sociedade muitas vezes impõe expectativas desafiadoras sobre as mulheres, criando pressões relacionadas à carreira, maternidade, aparência física e outros aspectos. É crucial refletir sobre essas expectativas, reconhecendo que cada mulher é única, com seus próprios ritmos e prioridades.
Ainda em 2019, dados do IBGE mostraram que as mulheres já dedicavam cerca de 18,5 horas semanais a tarefas domésticas e aos cuidados relacionados a crianças, idosos e familiares. Em 2020, com o início da pandemia do COVID-19, um estudo realizado pela Gênero e Número revelou que 41% das mulheres que continuaram trabalhando na pandemia afirmaram trabalhar mais durante o isolamento. Além disso, 40% delas destacaram que a pandemia e o isolamento social colocaram em risco a sustentação da casa.
Esses fatos apenas evidenciam o quanto é fundamental que a saúde mental da mulher seja um tema mais discutido e estudado sobre as pressões externas, o fortalecimento do autocuidado, a compreensão das mudanças hormonais, a desmistificação do estigma e a construção de uma rede sólida de apoio. Ao priorizar esses elementos, é possível promover uma abordagem holística em direção ao bem-estar psicológico.
Neste Mês Internacional da Mulher, lembramos a importância de priorizar a saúde mental. Cada mulher é uma força única, e cuidar de si mesma é um ato poderoso que reverbera não apenas em sua vida, mas também na comunidade que a cerca. Diante dos desafios diários e das responsabilidades, celebramos a resiliência, a força e a beleza de todas as mulheres.
Estratégias de Autocuidado
- Pratique o Autocuidado Diário:
Reserve um momento todos os dias para cuidar de si mesma. Seja através de uma breve meditação, um banho relaxante, a leitura de um livro ou qualquer atividade que traga tranquilidade, o autocuidado é essencial.
- Estabeleça Limites Saudáveis:
Aprenda a dizer “não” quando necessário e estabeleça limites claros em relação às demandas externas. Definir limites saudáveis é uma forma de preservar sua saúde mental.
- Promova a Aceitação do Corpo:
Cultive uma atitude positiva em relação ao seu corpo. Lembre-se de que a beleza está na diversidade. Aceite-se e celebre a singularidade que faz de você uma mulher única.
- Atividades Físicas:
Exercícios físicos não só contribuem para a saúde física, mas também têm impacto positivo na saúde mental. Caminhadas, ioga, ou qualquer atividade que você goste pode ajudar a reduzir o estresse e promover o equilíbrio emocional.
- Celebre as Conquistas:
Reconheça e celebre suas conquistas, sejam elas grandes ou pequenas. Cada passo em direção aos seus objetivos merece reconhecimento, fortalecendo a autoestima.
- Busque Ajuda Profissional:
Se sentir necessidade, não hesite em procurar ajuda profissional. Terapeutas e psicólogos estão disponíveis para oferecer suporte e orientação em qualquer momento de sua vida.